O mercado moveleiro é uma cadeia relativamente simples da origem da matéria-prima ao produto final comercializado. À grosso modo temos a extração da madeira, a tranformação em chapas e pranchas, os fabricantes de acessórios e acabamentos, o fabricante do móvel propriamente dito, o varejista, a montagem e o consumidor final.

Observando de maneira fragmentada, constatamos que a grande maioria deste mercado, o grande volume de vendas, concentra-se na produção e comercialização de móveis convencionais.

Chamamos de móveis convencionais os móveis seriados produzidos em lotes (larga escala). Com o objetivo de atingir uma produtividade satisfatória e portanto a redução dos custos de fabricação, tais móveis possuem um modelo previamente definido e uma engenharia específica de construção e montagem.

Quando pensamos em escala, obviamente que falamos de móveis populares de uma maneira mais abrangente. Isto porém nào poderia significar uma qualidade insuficiente. Na verdade entendemos que existem especificações de menor exigência e materiais menos nobres utilizados na produção dos móveis convencionais.

Entretanto existe um padrão mínimo admissível (nem sempre respeitado) que precisa garantir a chegada do móveis em prefeitas condições no local de montagem. Temos visto produtos fabricados com baixa resistência superficial devido a situações extremas na tentativa de redução dos custos de acabamento. Outro fator recorrente é a qualidade questionável de algumas embalagens que não conseguem assegurar a integridade do produto até seu destino.

O lojista que comercializa os móveis convencionais preocupa-se com o custo de aquisição, porém nem sempre é capaz de adotar procedimentos técnicos de aquisição capazes de garantir um produto que embora econômico, assegure as características necessárias relacionadas à qualidade. Também não possui uma equipe que avalie rotineiramente a qualidade do produto recebido. Costuma dizer que o primeiro lote é bom e depois a qualidade decai.

Como se todo este questionamento não bastasse, temos na sequência uma lógica danosa com rrelação aos móveis seriados de baixo custo. Considerando que a margem de rentabilidade é reduzida, acaba-se utilizando profissionais também de baixo custo, muitas vezes montadores de móveis despreparandos. Nem tanto despreparados para a montagem em si, mas na verdade sem recursos técnicos para contornar e resolver os pequenos problemas técnicos que certamente encontrarão no local da montagem.

A montagem de móveis convencionais torna-se então um desafio nas maõs de montadores que não possuem recursos para pequenos retoques ou ferramentas adequadas para as mais inusitadas situações, que vão desde a ausência de uma furação até a possivel medida menor de um fundo de gaveta. Os problemas passam ainda por peças ausentes, riscos, lascados e tantos outros.

Os móveis convencionais precisam de muitos cuidados, sobretudo na questão da embalagem. Em diversas situações (e aqui fica difícil citar um percentual), os móveis já chegam na casa do cliente com algum tipo de avaria, que pode ser desde uma porta riscada até a ponta de uma lateral danificada.

O montador de móveis convencionais torna-se então um profissional fundamental, na medida em que quanto maior sua qualificação, tanto menor o retorno dos produtos do cliente. Mas isto exige um outro esforço, ser capaz de manter uma equipe treinada e motivada!

 

Sucesso a todos!

Cláudio Perin

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